Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos


Ele nasceu em 28 de abril de 1884, no Engenho do Pau d’Arco (PB).
Sua família era dona de engenhos, mas eles perderam eles alguns anos mais tarde, por causa do fim da monarquia, da abolição e da implantação da república.
Recebeu educação do seu pai até o momento em que ele entrou na faculdade. Formou-se em Direito no Recife, mas nunca chegou a exercer a profissão. Criado acompanhado dos livros da biblioteca de seu pai, era dedicado às letras desde muito cedo. Ainda adolescente, o poeta publicava poesias para o jornal “O Comércio” e causava muita polêmica, chegando inclusive a ser chamado de louco por causa dos poemas, mas era muito elogiado pelos outros. Na Paraíba, foi chamado de “Doutor Tristeza” por causa de suas temáticas poéticas.

Em 1910, casa-se com Ester Fialho, com quem tem três filhos. Mas infelizmente seu primeiro filho morre prematuramente. Muda-se para o Rio de Janeiro no momento em que a situação financeira de sua família começava a ficar preocupante, motivado pela industrialização e a queda do preço da cana-de-açúcar. Nesta cidade, fica desempregado por um tempo mas depois consegue um emprego de  professor substituto na Escola Normal e no Colégio Pedro II.

Em 1914, vai para Minas Gerais, pois ele tinha sido nomeado como diretor do Grupo Escolar de Leopoldina, com a ajuda de um cunhado. Alguns meses depois da mudança, o poeta morre, no dia 12 de novembro do mesmo ano, por causa de uma pneumonia.

Augusto dos Anjos viveu a época do parnasianismo e simbolismo e sofreu uma influência destas escolas literárias principalmente pelos seus escritores, como: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza, Graça Aranha, dentre outros. O único livro do escritor, intitulado “Eu”, trouxe inovação no modo de escrever, com idéias modernas, termos científicos e temáticas influenciadas por sua multiplicidade intelectual. Pela divergência dos assuntos tratados pelo autor em seus poemas em relação aos dos autores da época, Augusto dos Anjos se encaixa na fase de transição para o modernismo, chamada de pré-modernismo.

O poeta tinha como tema uma profunda obsessão pela morte e teve como base a idéia de negação da vida material e um estranho interesse pela decomposição do corpo e do papel do verme nesta questão. Por este motivo foi conhecido também como o “Poeta da morte”.
Sua única obra marca a literatura brasileira pela linguagem e temática diferenciadas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gostou da Postagem ou ficou com alguma duvida? Coloque aqui sua sugestão, dúvida ou agradecimento pela postagem.

Lembre-se:
* Qualquer comentário considerado ofensivo ou inadequado será imediatamente excluído!
*Não divulgue outros blogs ou páginas nos comentários

Edson